quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CACD 2010!

Saindo do forno:

PORTARIA Nº 683, DE 27 DE OUTUBRO DE 2009

O MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, no uso de
suas atribuições, e tendo em vista o disposto nos artigos 1º e 5º do
Regulamento do Instituto Rio Branco, aprovado pela Portaria de 20
de novembro de 1998, publicada no Diário Oficial da União de 25 de
novembro de 1998, e alterado pela Portaria nº 11, de 17 de abril de
2001, publicada no Diário Oficial da União de 25 de abril de 2001,
resolve:
Art. 1º. Ficam estabelecidas as normas que se seguem para o
Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2010.
Art. 2º. O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de
2010 constará, na Primeira Fase, de prova objetiva, de caráter eliminatório,
constituída de questões de Português, de História do Brasil,
de História Mundial, de Geografia, de Política Internacional, de
Inglês, de Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito
Internacional Público.
Art. 3º. A Segunda Fase constará de prova discursiva eliminatória
e classificatória de Português.
Parágrafo único. Será estabelecida nota mínima para a prova
de Português.
Art. 4º. A Terceira Fase constará de provas discursivas de
História do Brasil, de Geografia, de Política Internacional, de Inglês,
de Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito Internacional
Público.
Parágrafo 1º. As seis provas da Terceira Fase terão peso
equivalente.
Parágrafo 2º. Será estabelecida nota mínima para o conjunto
das provas da Terceira Fase.
Art. 5º. A Quarta Fase constará de provas escritas de Espanhol
e de Francês, de caráter exclusivamente classificatório.
Parágrafo único. Para efeitos de classificação, cada uma das
provas da Quarta Fase terá peso equivalente a metade do peso de
cada uma das provas da Terceira Fase.
Art. 6º. Serão oferecidas, no Concurso de Admissão à Carreira
de Diplomata de 2010, 108 (cento e oito) vagas para a classe
inicial da Carreira de Diplomata.
Art. 7º. O Diretor-Geral do Instituto Rio Branco fará publicar
o Edital do Concurso.
CELSO AMORIM

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Primeiro ano de carreira

Texto de Eduardo Mello, diplomata, sobre o primeiro ano na carreira, exclusivo para o blog do Curso Diplomacia.


O primeiro ano como diplomata superou as expectativas. Não que elas fossem baixas; simplesmente não sabia bem o que esperar, pois não fazia ideia de como era o cotidiano de um aluno do Instituto Rio Branco, a vida em Brasília, a saudade de Porto Alegre, do Estádio Olímpico e dos inseparáveis amigos. Tomei posse como Terceiro Secretário, etapa inicial da carreira, em 15 de agosto de 2008, e o curso de formação no Rio Branco irá até dezembro deste ano de 2009.

No primeiro semestre do curso tivemos aulas em turno integral, com alguns horários livres para estudo. A estrutura do curso é, basicamente, constituída de disciplinas obrigatórias (como Direito, Economia, Política Externa, Diplomacia), eletivas, e de idiomas (Espanhol, Francês, Inglês). Além disso, são oferecidos cursos gratuitos pelo Ministério, como Alemão, Árabe, Chinês, Russo.

A partir do segundo semestre, passamos a frequentar o Rio Branco apenas pela manhã, iniciando o estágio no Ministério das Relações Exteriores no turno da tarde. Já fiz estágio na Agência Brasileira de Cooperação e atualmente estou na Divisão da Organização dos Estados Americanos. Temos aulas no Rio Branco, pela manhã, e estágio no Ministério, à tarde.

Esse início de carreira, esse primeiro ano, foi uma sucessão de surpresas e boas notícias. Como a realidade é algo impossível de se apreender totalmente, as opiniões variam muito sobre o curso e a carreira, mas o que move essas linhas é uma ideia muito clara: se os aspectos positivos superam os negativos, justificam o comportamento otimista e a vontade de superar as coisas que precisam ser aperfeiçoadas.

Sigo gaúcho, mas hoje minha ideia de Brasil é muito mais consistente e eclética. Essa é a sensação que tenho quando saio do Rio Branco e viro o rosto para lembrar um pouco dos primeiros dias. Convivo com colegas de todos os cantos do país, cada um com sua visão “regionalizada” sobre o Brasil, e nas discussões diárias vamos fazendo sucessivas sínteses, até a visão geral e equilibrada de hoje. Além disso, pudemos conviver com intercambistas argentinos, africanos, timorenses, que deram um certo ar cosmopolita ao Instituto. Hoje nossa consciência dos horizontes e potencialidades do país é muito mais rica e equilibrada.

Além disso, o período no Rio Branco serviu para dar mais consistência aos nossos conhecimentos, ainda que houvesse matérias em que uns tivessem mais familiaridade que outros. A formação teve também, como ponto fundamental, atividades extracurriculares, como palestras de outros colegas, Ministros de Estado, acadêmicos, chanceleres estrangeiros, visitas a comunidades carentes no entorno de Brasília, CineClube Rio Branco.

Para completar, trabalhamos na organização das Cúpulas de Salvador, na Costa do Sauípe, em dezembro de 2008, um dos maiores eventos já realizados pelo Brasil, em que foram realizadas a primeira Cúpula América Latina e Caribe de Integração e Desenvolvimento, a Cúpula do Mercosul e as reuniões extraordinárias do Grupo do Rio e da Unasul.

Foram os meses mais gratificantes da minha vida, especialmente após conseguir superar a distância de Porto Alegre. O sonho de guri era jogar futebol, mas no longo prazo a diplomacia era o grande projeto de vida. Agora, quero apenas aproveitar tudo que ela representa: servir aos interesses nacionais, ter estabilidade financeira, viver nas mais diferentes culturas e regiões do mundo, em um ambiente extremamente produtivo em termos intelectuais. As noites do Curso Diplomacia, tensas mas agradáveis, deixaram saudade, e as levarei sempre na memória, desejando o mesmo para cada um que decida encarar o concurso.


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Igreja Católica

Do jornal Zero Hora, 21/10/2009, p. 26.

21 de outubro de 2009 | N° 16131AlertaVoltar para a edição de hoje

MEDIDA HISTÓRICA

Vaticano cede para atrair anglicanos

Papa aprovou documento permitindo a sacerdotes retornarem à Igreja Católica, mesmo casados

Desde que o rei inglês Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica, no século 16, o Vaticano nunca fez um esforço tão claro para recuperar fiéis perdidos para a Igreja Anglicana ao longo dos anos.

Opapa Bento XVI aprovou ontem documento que permite aos anglicanos unir-se ao catolicismo – individualmente ou em grupos –, mantendo algumas das suas tradições.

O Pontífice permitiu que os anglicanos convertidos tenham uma estrutura própria dentro da Igreja Católica, semelhante à do Opus Dei. As novas regras preveem a ordenação de sacerdotes não casados da Igreja Anglicana como bispos que supervisionarão comunidades de ex-anglicanos convertidos ao catolicismo e que reconheçam o Papa como líder. Já os reverendos anglicanos casados poderão ser ordenados padres católicos e permanecer casados, mas jamais poderão ser bispos. As novas regras, que entrarão em vigor em breve, não alteram a proibição do catolicismo de que seus próprios padres se casem.

Essa iniciativa surge após anos de descontentamento por parte de setores anglicanos com as recentes ordenações de sacerdotisas mulheres e de bispos homossexuais. Existem cerca de 77 milhões de anglicanos no mundo.

Durante o anúncio, o cardeal William Joseph Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, disse que a medida responde a vários pedidos feitos à Santa Sé por grupos anglicanos. A expectativa é de que o primeiro grupo a tirar vantagem da medida seja a Comunidade Tradicional Anglicana (TAC, na sigla em inglês), que se separou do restante da comunidade anglicana em 1991 e tem mais de 500 mil membros ao redor do mundo.

No passado, exceções deste tipo foram concedidas apenas pontualmente, em alguns países. Em Londres, o arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, líder espiritual da comunidade anglicana, afirmou que não percebia essa iniciativa do Vaticano como um “ato de agressão’’. Os dois lados declararam que continuarão dialogando em prol de uma eventual reunificação formal.

Veja infográfico em http://zerohora.clicrbs.com.br/pdf/7181288.pdf


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Foreign Policy

Do site da revista Foreign Policy:

The world’s best foreign minister

Wed, 10/07/2009 - 12:35pm

This may have been the best month for Brazil since about June 1494. That's when the Treaty of Tordesillas was signed granting Portugal everything in the new world east of an imaginary line that was declared to exist 370 leagues west of the Cape Verde islands. This ensured that what was to become Brazil would be Portuguese and thus develop a culture and identity very different from the rest of Spanish Latin America. This guaranteed the world would have samba, churrasco, "The Girl from Ipanema," and through some incredibly fortuitous if twisted chain of events, Gisele Bundchen.

While it took Brazil sometime to live up to the backhanded maxim that it was "the country of tomorrow and always would be," there is little doubt that tomorrow has arrived for the country even if much work remains to be done to overcome its serious social challenges and tap its extraordinary economic potential.

The evidence that something new and important was happening in Brazil began to build years ago, when then President Cardoso engineered a shift to economic orthodoxy that stabilized a country racked by cycles of boom and bust and mind-blowing inflation. It has gained momentum however, throughout the extraordinary term of the country's current President Luiz Inácio Lula da Silva.

Some of that momentum is due to Lula's commitment to preserving the economic foundations laid by Cardoso, a courageous political move for a lifelong labor leader from the opposition Workers Party. Some of it is due to luck, a changing global energy paradigm that helped make Brazil's 30 years of investment in biofuels start to pay off in important new ways, massive discoveries of oil off Brazil's coast and growing demand from Asia that has enabled Brazil to become a world agricultural export leader and assume the role of "breadbasket of Asia." But much of it is due to great skill on the part of Brazil's leaders in seizing a moment that many of their predecessors likely would have fumbled. (...)

Para ler o resto do artigo, acesse http://rothkopf.foreignpolicy.com/category/region/south_america

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Lula fala sobre Conselho de Segurança

ONU está superada e tem de mudar, diz Lula

No dia em que o Brasil obtém assento temporário no Conselho de Segurança, presidente cobra reforma do organismo

Para brasileiro, composição atual do CS não representa correlação mundial de forças e torna frágeis as decisões tomadas nas Nações Unidas


DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORESTA (PE)
DE NOVA YORK

No mesmo dia em que o Brasil foi eleito para ocupar uma das vagas temporárias no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas no biênio 2010-2011, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a ONU "está superada" e que o Conselho de Segurança "está como uma fruta madura", passando do ponto de colher e prestes a cair.
"Há 15 anos o Brasil tem reivindicado uma reforma no Conselho Permanente de Segurança da ONU", disse Lula. "Nós estamos convencidos de que a ONU está superada. A ONU de 1948 não representa a correlação de forças existente hoje, nem geograficamente, nem economicamente, nem politicamente", afirmou.
O presidente voltou a reivindicar a necessidade de uma reforma que leve em consideração a participação de países de todos os continentes. A África, disse ele, "pode ter dois ou três países representados no Conselho de Segurança, a América Latina pode ter um ou dois".
Para Lula, "não tem como explicar" o fato de o Japão, a Alemanha e a Índia não integrarem o Conselho de Segurança. "Se a ONU quiser voltar a ter representatividade, tomar decisões, e essas decisões serem executadas, ela tem que ser reformada e colocar outros países", afirmou o presidente.
"A questão do Oriente Médio, por exemplo, não pode ser uma coisa particular dos EUA. Quem deveria estar negociando a paz entre judeus e palestinos é a ONU, e por que ela não faz isso? Porque ela não tem força. E nós queremos que a ONU tenha muita força."
"Eu estou convencido de que esse negócio do Conselho de Segurança está como uma fruta madura, ou seja, ela já está passando do ponto de colher e daqui a pouco ela cai", afirmou Lula. "E, se os dirigentes da ONU, sobretudo aqueles países que mandam no Conselho de Segurança, não aceitarem a reforma, eles serão responsabilizados pela fragilidade da ONU", declarou.
Como exemplo da suposta fragilidade da organização, o presidente citou o golpe em Honduras. "O que a OEA [Organização dos Estados Americanos] fez até agora?", questionou. "Fez as reuniões, tomou as decisões, e simplesmente o golpista [o presidente interino Roberto Micheletti] não atendeu nada", afirmou.
Para Lula, se a ONU tivesse maior representatividade política, suas decisões seriam cumpridas "e aí as coisas aconteceriam". "É isso que o Brasil defende e, sinceramente, estou muito otimista de que, neste ano, nós conseguiremos fazer uma reforma no Conselho de Segurança, nos seus membros permanentes", declarou.

Vaga temporária
O mandato temporário do Brasil no conselho começa em 1º de janeiro. Junto com o país, foram eleitos também Nigéria, Gabão, Bósnia e Líbano. O Brasil contou com votos de 182 dos 183 países votantes. Os cinco países substituirão Burkina Faso, Costa Rica, Croácia, Líbia e Vietnã.
A vaga rotativa está bem longe das aspirações do Brasil, mas segundo Maurício Cárdenas, diretor para América Latina do Instituto Brookings, a eleição é favorável para a estratégia do país. "Para obter o que o Brasil quer, é necessária uma reforma que não deve ocorrer antes do término deste mandato para o qual o Brasil foi eleito. As mudanças virão mais da necessidade de integrar o G20, o novo centro de poder, com a ONU."
O Brasil será representado no conselho por uma mulher pela primeira vez, a embaixadora Maria Luiza Viotti. Para ela, a atuação do Brasil pode ajudar na campanha pelo assento permanente. "Vamos atuar no sentido de fortalecer a capacidade do conselho de lidar com problemas muito complexos que estão na sua agenda. Esse fortalecimento deve se dar pelo diálogo e pela mediação."
Viotti explica que o Brasil elegeu o Haiti como uma das prioridades, especialmente em questões relacionadas ao desenvolvimento do país. O Brasil tem o comando militar da Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti). Outros temas eleitos como prioridade foram a situação em Guiné-Bissau, a paz no Oriente Médio e esforços em favor do desarmamento.
O Conselho de Segurança é responsável por decidir quais medidas tomar em situações consideradas de ameaça à paz. Ele é composto por cinco membros permanentes (China, França, EUA, Reino Unido e Rússia) com poder de veto e dez membros rotativos. Em 2010, além dos eleitos ontem, estarão presentes ainda Áustria, Japão, México, Turquia e Uganda.
Qualquer resolução precisa do aval de todos os membros permanentes e, de modo geral, de 9 dos 15 votos para ser aprovada.
(FÁBIO GUIBU e JANAINA LAGE)

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Publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 16.10.2009. p. A11

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Conselho de Segurança

Brasil é eleito membro temporário do Conselho de Segurança da ONU

France Presse

Publicação: 15/10/2009 13:13 Atualização: 15/10/2009 14:18

NOVA YORK - O Brasil, junto com a Bósnia-Herzegovina, Gabão, Líbano e Nigéria foram eleitos nesta quinta-feira (15/10) como membros não-permanentes do Conselho de Segurança da ONU reservados para a América Latina para o período 2010-2011, anunciou o presidente da Assembleia Geral, Ali Triki.

A eleição da Assembleia Geral da ONU, reunida em sessão plenária, transcorreu sem surpresas, já que estes Estados eram os únicos candidatos de suas regiões. Os cinco países eleitos substituirão Burkina Faso, Costa Rica, Croácia, Líbia e Vietnã, que deixaram seus postos em 31 de dezembro.

Principal órgão de decisão da ONU, o Conselho de Segurança conta com 15 membros. Deles, cinco têm direito a veto (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia). Os outros dez são eleitos todos os anos por grupos de cinco pela Assembleia Geral da ONU, onde estão representados os 192 Estados membros da organização, por mandatos de dois anos não renováveis imediatamente. Para ser eleito, um país deve receber os dois terços dos votos dos Estados presentes, e a votação é secreta.

No grupo da América Latina e Caribe (Grulac), o Brasil recebeu os 192 votos. Membro fundador da ONU, o Brasil já esteve nove vezes no Conselho de Segurança, sendo a última no período 2004-2005.

Como potência emergente, o Brasil está em campanha há anos para virar o primeiro membro permanente do Conselho de Segurança caso seja concretizada uma reforma no organismo. O outro membro latino-americano que continuará sendo membro não-permanente do principal órgão executivo das Nações Unidas será o México.

No grupo africano, Gabão e Nigéria obtiveram respectivamente 184 e 186 votos. Para o Gabão é a primeira vez que entra para o Conselho, enquanto que a Nigéria já ocupou três vezes um assento não permanente, a última em 1994-95. O Líbano obteve 180 votos como membro do grupo asiático e, pela Europa, apenas a Bósnia foi eleita, com 183 votos.

Os outros cinco membros não-permanentes que continuam no Conselho até 31 de dezembro de 2010 são Áustria, Japão, México, Uganda e Turquia.

Demografia

Islã é religião de 23% do mundo, aponta estudo


O mundo tem 1,57 bilhão de muçulmanos, aponta um estudo publicado ontem pelo grupo não governamental Pew Research Center, de Washington. Trata-se de quase um quarto da população mundial, sendo que 62% dos muçulmanos se concentram na Ásia.
A Indonésia é o país do mundo de maior população muçulmana, com 203 milhões -12,9% do total mundial-, seguida pelo Paquistão. O estudo abrangeu 231 países e territórios.
O Oriente Médio e o norte africano concentram 20% dos muçulmanos, mas também a maior porcentagem de países de maioria islâmica. "Mais da metade dos 20 países e territórios lá tem populações 95% ou mais muçulmanas", aponta o Pew.
Outra conclusão do Pew é que 20% dos muçulmanos -ou 317 milhões de pessoas- vivem em países onde sua crença é minoritária. É o caso do Brasil, onde vivem 191 mil muçulmanos, ou 0,1% da população do país.
Essa dispersão faz com que a Alemanha, por exemplo, tenha mais muçulmanos (4 milhões) do que o Líbano (3 milhões).
A população islâmica na Rússia (16 milhões) é maior do que as de Líbia e Jordânia somadas (12 milhões). E a China tem mais muçulmanos (22 milhões) que a Síria (20 milhões).
O país que concentra a minoria islâmica numericamente mais expressiva, de 161 milhões, é a Índia, de maioria hindu.

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Publicado no jornal Folha de S. Paulo em 09.10.2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Obama e o Brasil

A diplomacia de Obama e o Brasil

Coluna Econômica - 14/10/2009

Qual será a política diplomática dos Estados Unidos, na era Obama, em relação à América Latina? O Observatório Político Sul-Americano, do Instituto de Pesquisas do Rio de Janeiro, analisou quatro think tanks (grupos de análise) influentes dos Estados Unidos: do Brookings Institution, do Council on Foreign Relations, da Americas Society e do Council of the Americas e da FLACSO (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociais).

***

O tema central - no apanhado desses quatro institutos - é a questão energética. Os estudos apontam, algo assustados, para o fato do consumo norte-americano depender em 30% da América Latina, mais do que os 20% importados do Oriente Médio.

Preocupa também o crescimento da demanda mundial e o envelhecimento dos poços de países da OECD e do México, gargalos nas áreas de refino e produção e instabilidade política e nacionalismo em regiões de grande produção.

***

Chamam a atenção para as oportunidades de negócios na América Latina, como provedora de petróleo, gás e biocombustíveis. As possibilidades maiores de negócios estão nas áreas de refino e produção, ajudando a reduzir a dependência do Oriente Médio.

Mas, para tanto, os EUA precisariam enfrentar o problema da instabilidade política em países de grande produção e o chamado "nacionalismo de recursos". Esse termo define a orientação de alguns governos de assumir o controle desses bens, visando se apropriar de parcelas maiores da renda. Esse procedimento tem atrapalhado a integração energética do continente.

Os três países apontados são Venezuela, Bolívia e Equador. Especialmente a Venezuela, que é o quarto maior exportador para os EUA.
Preocupa a política de Hugo Chávez, de aplicar os recursos do petróleo em programas de bem estar social e projetos públicos, governando por decreto e ampliando seu poder em relação aos demais poderes da República.

O Equador é citado como portador da chamada "doença holandesa" - excesso de dólares entrando, apreciando a moeda local e matando a competitividade da indústria nacional.

Apenas um dos relatórios - o da FLACSO - aponta para a inevitabilidade de, em regimes democráticos, a população pressionar para ser beneficiada pelos ganhos da exploração de petróleo.

***

O conjunto de relatórios aponta o Brasil como peça chave para a solução do problema energético norte-americano. Aposta-se no pré-sal para o Brasil assumir a liderança das exportações de petróleo para os EUA. O Brasil é apontado como exemplo de como uma estatal (a Petrobras) soube conviver com um cenário amigável e atraente para os investidores externos. O relatório da FLACSO prevê já para 2012 o Brasil como o maior produtor da região.

Também a experiência brasileira com biocombustíveis é enaltecida. Citam como evidência promissora a ação da diplomacia brasileira de fechar acordos com vários países do mundo. Alguns dos relatórios recomendam explicitamente o fim do subsídio ao milho, pelo governo norte-americano.

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Texto extraído do blog de Luis Nassif em 14.10.2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Curso

Curso Relações Brasil - América do Sul

SÁBADOS, das 9h30 às 12h30
Ministrante: Mathias Seibel Luce
Doutorando em História, Mestre em Relações Internacionais (UFRGS);
Prof. de Relações Internacionais - Faculdade Angloamericano Caxias do Sul

17 de outubro
1. O regionalismo continental na política externa brasileira
1.1. O Brasil e os projetos de integração regional
1.2. A América do Sul no discurso diplomático brasileiro

7 de novembro
2. Comércio
2.1 Fluxos bilaterais do comércio regional
2.2 Perfil comparado de exportações e importações
2.3 A política de promoção às exportações regionais

14 de novembro
3.Investimento
3.1 Principais tendências do investimento brasileiro na América do Sul
3.2 O Investimento Brasileiro Direto (IBD) e a expansão das firmas brasileiras no espaço regional

21 de novembro
4. Infra-estrutura
4.1. A Iniciativa para a Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA)

28 de novembro
5. Energia
5.1 A matriz energética sul-americana
5.2 Empreendimentos energéticos binacionais/regionais e suas implicações geopolíticas



INFORMAÇÕES E RESERVAS:
Curso Diplomacia – Ramiro Barcelos 1796/403 – POA/RS
(51) 32075697 – 99157360 – 81810455 – 81818253
contato@cursodiplomacia.com.br
www.cursodiplomacia.com.br

INVESTIMENTO: R$ 150,00 à vista (ou 2x R$ 80,00)

Curso

OS FINS DA GUERRA FRIA E A POLÍTICA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA - VINTE ANOS DE CRISE (1989-2009):

Perspectivas e Implicações

Objetivo

Tendo em vista o aniversário de vinte anos do final da Guerra Fria, o curso visa apresentar criticamente as forças em jogo entre 1945 e 1989, suas finalidades e condicionantes, bem como suas implicações para o mundo atual. Pretendemos abordar alguns temas centrais ligados à Guerra Fria tais como a segurança internacional, a economia mundial, as culturas dos extremismos, as integrações regionais e o surgimento da nova (sic) agenda internacional (meio ambiente, direitos humanos, democracia, etc.). Solicita-se aos alunos matriculados a enviarem e-mail à coordenação para obtenção da bibliografia de apoio.

Plano de Aulas

Aula 1

(7/11)

Os Mundos da Guerra Fria – Prof. Ms. Bruno Biazetto

1. A Guerra Fria Clássica: Os Extremos em Choque (1945-1962)

2. A Coexistência Pacífica: Contenção Nuclear e Zonas de Influência (1962-1974)

3. A Segunda Guerra Fria: Hegemonia e Ocaso (1974-1989)

4. O Legado da Era Reagan: Poder e Neoliberalismo

Aula 2

(14/11)

Módulo 2 – O Mundo Pós-Guerra Fria – Prof. Ms. Hugo Arend

1. O Fim da Guerra Fria ou O Choque de Histórias e o Fim da Civilização.

2. Euforia – Identidade - Melancolia: Neoliberalismo – Bálcãs – China.

3. Integração – Soberania – Comunidade: União Européia – Crise de 2008 – Kyoto.

4. Liberdade - Confiança - Segurança: Democracia – Globalização - 11 de Setembro.

5. Esperança – Realidade – Pessimismo: Obama – Prevenção – Meio Ambiente.

INFORMAÇÕES E RESERVAS:

Curso Diplomacia – Ramiro Barcelos 1796/403 – POA/RS

(51) 32075697 – 99157360 – 81810455 – 81818253

contato@cursodiplomacia.com.br

www.cursodiplomacia.com.br

INVESTIMENTO: R$ 65,00