sábado, 19 de dezembro de 2009

Copenhague

ONU reconhece Acordo de Copenhague

De O Globo:

Para tentar evitar o fracasso total da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-15), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon reconheceu o chamado Acordo de Copenhague na manhã deste sábado, em vez de aprová-lo formalmente, como é a praxe neste tipo de reunião.

Trata-se de um documento - que não obteve apoio de muitos países pobres - sem força de lei nem previsão de acompanhamento das metas de redução de emissões anunciadas por algumas nações.

Sem revelar de onde virá o dinheiro, o acordo prevê US$ 30 bilhões até 2012 e, depois, até US$ 100 bilhões por ano para um fundo de combate às mudanças climáticas. O texto estabelece em 2 graus Celsius o limite para o aumento de temperatura até o fim do século, mas sem dizer como fazê-lo.

Em contraposição ao clima de frustração e cansaço - durante a madrugada, negociadores dos países chegaram a dormir em plenário - Ban Ki-moon afirmou esta manhã que o acordo existe, apesar de reconhecer que "é só o começo" de um processo para desenhar um documento que controle as emissões de gases poluentes que danificam a camada de ozônio. Ele também acredita que o Acordo de Copenhague ''terá um efeito operacional imediato''.

O Acordo de Copenhague foi costurado após uma série de reuniões, nesta sexta-feira, entre os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com outros países.

Mesmo insatisfeitos com o resultado final, o Brasil e outras nações que formam o chamado Basic - África do Sul, Índia e China - apoiam o documento.

Já Venezuela, Bolívia, Cuba, Costa Rica e Nicarágua, entre outros, se recusaram na madrugada deste sábado a assinar o acordo por não incluir metas de redução de emissão de gases poluentes.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Português: silepse

Pasquale Cipro Neto

"Sua Excelência não ficou nada corado..."


"Essa família é muito unida / e também muito ouriçada, / brigam por qualquer razão, mas acabam pedindo perdão..."

NO RECENTE vestibular da Fuvest, os candidatos tiveram de responder à seguinte questão: "Considerando que "silepse é a concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com seu sentido, com a ideia que elas representam", indique o fragmento em que essa figura de linguagem se manifesta".
Como às vezes faço, vou poupar o leitor das alternativas da questão. Vamos direto ao ponto, ou seja, à gloriosa "silepse". Cá entre nós, a palavrinha é enjoadinha e assusta um pouco, mas, se o candidato ler com atenção o enunciado do teste, verá que a definição de "silepse" dada pela banca é mais do que suficiente para resolver a questão.
Vamos a um exemplo clássico dessa figura: "Sua Excelência não ficou nem um pouco corado quando disse que guardou o dinheiro na meia porque...". Nesse caso, o adjetivo "corado" (do gênero masculino) não concorda com a expressão de tratamento "Sua Excelência" (feminina), mas com o ser que ela representa (um homem). Temos aí a "silepse de gênero", já que a alteração na concordância se deu justamente no gênero do adjetivo.
Vejamos agora outro exemplo, do início da canção que abre o programa "A Grande Família", da TV Globo: "Essa família é muito unida / e também muito ouriçada, / brigam por qualquer razão, mas acabam pedindo perdão...". O caro leitor percebeu onde está a silepse? Está em "brigam" e "acabam", flexões da terceira pessoa do plural do presente do indicativo de "brigar" e "acabar", respectivamente.
A que termo se referem essas formas verbais? Ao termo "família". Então essa família "brigam"? Não. A família briga; os membros da família brigam. Então a letra está "errada"? Nem de longe. Como se vê, as duas formas verbais citadas estão um tanto distantes do sujeito ("essa família"). Esse distanciamento do verbo (em relação ao sujeito) faz o falante, quase instintivamente, tentar recuperar o sentido do sujeito, que, no caso, é de plural ("família" = "familiares", ou seja, duas ou mais pessoas).
No exemplo em questão, ocorre "silepse de número", já que a alteração na concordância se deu no número (singular/ plural) das flexões verbais ("briga" e "acaba", do singular, são substituídas por "brigam" e "acabam", do plural).
Antes que me esqueça e que alguém pergunte, casos como "O pessoal chegaram" ou "A turma saíram", comuns na oralidade de muitas regiões do país, explicam-se pelo mesmo processo que acabamos de ver, mas não ocorrem nas modalidades formais da língua. E por quê? Porque nessas modalidades, quando o verbo está ao lado do sujeito (ou perto dele), a concordância verificada é a "normal", isto é, com o verbo no singular.
No caso da questão da Fuvest, baseada numa crônica do genial Mário Quintana, a silepse se dá nesta passagem: "...tanto assim que fomos alojados os do meu grupo num casarão...". A silepse está em "fomos", flexão da primeira pessoa do plural ("nós") do pretérito perfeito do indicativo do verbo "ser".
A forma verbal "fomos" não concorda com a expressão "os do meu grupo", que, pelas vias "normais", exigiria o verbo na terceira do plural ("foram alojados os do meu grupo"; "os do meu grupo foram alojados"). Fez-se a concordância com a ideia, com o sentido (o narrador se inclui entre os que foram alojados).
Nesse caso, ocorre "silepse de pessoa", já que a alteração na concordância se deu na substituição da terceira pessoa do plural ("foram") pela primeira ("fomos"). É isso.

inculta@uol.com.br

Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, no dia 17 de dezembro de 2009, p. C2.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Plataforma continental


Brasil tenta incorporar cerca de 1 milhão de km² ao seu território marítimo, ampliando assim a área conhecida como Amazônia Azul

por Silvia Pacheco


COP-15
AGENDA DO MEIO AMBIENTE
CÚPULA DE PAÍSES TENTA SUPERAR IMPASSES PARA CUMPRIMENTO DE METAS CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL, DE 8 A 15 DE DEZEMBRO, EM COPENHAGUE
FALTAM 5 DIAS


Apesar de o país possuir uma imensa fronteira marítima e a maioria de sua população viver a menos de 200km do litoral, o potencial estratégico, econômico e ecológico oferecido pelo oceano ainda é pouco conhecido pelos brasileiros. Porém, o fundo do mar esconde uma riqueza imensa, alvo de atenção do governo e da Marinha do Brasil. É por isso que a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) trabalha para aumentar os limites do mar territorial brasileiro, ampliando assim uma região conhecida como Amazônia Azul.

O desafio é garantir soberania para fins de exploração, conservação e gestão dos recursos naturais em uma área maior do que a que cabe ao país atualmente. Na prática, isso significa estender a chamada Zona Econômica Exclusiva (ZEE), ampliando-a de 3,5 milhões de quilômetros quadrados para aproximadamente 4,5 milhões. “O objetivo é fazer com que os pesquisadores comecem a dar mais atenção ao nosso potencial marítimo, pois estamos falando de uma fonte infinita de recursos vivos, de minérios e de petróleo”, explica o comandante Geraldo Juaçaba, integrante da CIRM.

Para isso, o país precisa do reconhecimento da Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) das Nações Unidas, formada por 148 países, incluindo o próprio Brasil. A luta já dura alguns anos. Em 1989, a Marinha, a comunidade científica brasileira e a Petrobras fizeram o Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (Leplac) pleiteando 963 mil quilômetros quadrados além da ZEE. A proposta foi apresentada à CLPC em 2004, que só reconheceu 771 mil quilômetros quadrados, deixando de fora 192 mil. Para garantir também essa parcela do oceano, o Brasil faz agora um novo levantamento. “Segundo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), qualquer país pode pedir o direito de soberania absoluta até o limite de sua plataforma continental natural, o que é o nosso caso. Não vamos desistir disso”, afirma Juaçaba.

Para tanto, o deputado federal Rodrigo Rollemberg criou uma emenda no Congresso Nacional para a liberação de um crédito de R$ 167.400.000 para que a Marinha pudesse concluir os estudos da plataforma continental brasileira. “A intenção é reapresentar os estudos para a comissão da ONU e garantir o direito do Brasil sobre esses 960 mil quilômetros quadrados”, diz o deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), autor da emenda. “A Amazônia Azul é um dos projetos mais estratégicos para o país. Se estamos descobrindo riquezas como o pré-sal, há 150 milhas, imagine o que não podemos achar nas 350 milhas pleiteadas”, salienta.

Segundo Danilo Koetz Calazans, oceanógrafo da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), a Amazônia Azul, comparada à Amazônia Verde, tem mais riquezas. “A floresta, sem dúvida, tem maior biodiversidade. Porém, a Amazônia Azul tem muito mais potencial do ponto de vista animal, farmacológico, energético, mineral e socioeconômico”, justifica.

Para definir o valor de um bioma é preciso analisar os recursos naturais que ele oferece. Os recursos marinhos são classificados em quatro categorias: minerais, de biodiversidade, energéticos e não extrativos. Começando pela exploração de minérios de valor industrial, a Amazônia Azul dispõe de cascalhos, areias e argilas, calcário, além de metais nobres, como ouro, platina, magnetita, cassiterita, óxidos de titânio entre outros. Entre os recusos energéticos, o petróleo e o gás natural são os principais, sendo a descoberta de óleo e gás na camada de pré-sal um dos exemplos mais recentes.

Já a biodiversidade da região ainda é pouco conhecida. De acordo com o especialista em ecologia bêntica e gerenciamento costeiro Alexander Turra, do Instituto de Oceonografia da Universidade de São Paulo (USP), há um imenso potencial biotecnológico submerso. “Várias áreas na costa não foram estudadas ainda. Acreditamos que ali exista uma grande chance de acharmos novas espécies que possam servir como potencial biotecnológico, principalmente na questão de fármacos”, avisa.

Preservação

Do ponto de vista ambiental, o papel do mar na fixação de carbono atmosférico e no controle do clima global é tão difícil de medir quanto o do bioma amazônico. “Entretanto, a Amazônia e todas as florestas tropicais do planeta sempre foram os principais alvos do movimento conservacionista internacional, com o mar geralmente em segundo plano, recebendo alguma atenção da mídia nas raras ocasiões em que ativistas abordam heroicamente navios pesqueiros asiáticos, verdadeiros piratas da biodiversidade marinha”, afirma o oceanógrafo Frederico Brandini em um de seus artigos.

Calazans também chama a atenção para o fato de haver poucos projetos na área marinha. “É um campo inesgotável para estudos tanto na área biológica, quanto geológica, física, química e oceonográfica. Poucos sabem, mas estamos preparando pessoal especializado para atuar na Amazônia Azul e assim aumentar a área de atuação e exploração oceânica”, informa.


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Publicado no jornal Correio Braziliense em 03 de dezembro de 2009.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Curso leituras obrigatórias CACD 2010

INTENSIVO SOBRE A BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA

CACD 2010

PROFª. ANA MÁRCIA M. DA SILVA

  1. Pré-requisitos:

1.1 Os textos têm de ser lidos previamente pelos alunos, pois não serão fornecidos em aula.

1.2 Cada aluno deverá ter sua cópia dos textos para que possa marcá-la com as informações dadas pela professora.

2. Cronograma

1º encontro - ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó.

2º encontro - FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala.

3º encontro - FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil.

4º encontro - HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do Paraíso.

5º encontro - HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil.

6º encontro - NABUCO, Joaquim. Minha Formação.

7º encontro – Simulado – Prova discursiva

8º encontro – Comentário sobre os problemas apresentados no Simulado

Em duas edições:

- Edição tarde (14h – 17h), dias 21, 23, 28 e 30 de dezembro de 2008 e dias 4, 6, 11 e 13 de janeiro de 2010;

OU

- Edição noite (19h – 22h), dias 28 e 29 de janeiro e dias 1, 2, 3, 8, 9 e 10 de fevereiro de 2010.

INFORMAÇÕES E RESERVAS:

Curso Diplomacia – Ramiro Barcelos 1796/403 – POA/RS

(51) 32075697 – 99157360 – 81810455 – 81818253

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www.cursodiplomacia.com.br

INVESTIMENTO: R$ 230,00 à vista (ou 2x R$ 120,00)

COP-15

Crédito de carbono precisa de regulação

Mecanismo de comercialização de projetos que reduzem a emissão de gases poluentes enfrenta entraves burocráticos no Brasil

  • Márcia Maria Cruz


  • COP-15
    AGENDA DO MEIO AMBIENTE
    CÚPULA DE PAÍSES TENTA SUPERAR IMPASSES PARA CUMPRIMENTO DE METAS CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL, DE 8 A 15 DE DEZEMBRO, EM COPENHAGUE
    FALTAM 6 DIAS


    Belo Horizonte — O Brasil está aquém da China e da Índia quando o assunto são as transações econômicas envolvendo a redução da emissão de gases de efeito estufa. Em todo o mundo, existem 5.448 projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), de acordo com dados do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). O instrumento permite a certificação de projetos que reduzem as emissões nos países em desenvolvimento e, posteriormente, a venda dessas reduções certificadas para as nações desenvolvidas. A aquisição desses créditos é uma forma suplementar para que os países desenvolvidos possam cumprir as metas compulsórias de redução de emissão.

    O mecanismo tornou-se uma oportunidade para países em desenvolvimento atrair investimento externo, bem como absorver tecnologia. Como os países desenvolvidos são os responsáveis por parcela substancial do aquecimento global, caberia a eles dar incentivo a projetos que pudessem reduzir a poluição. O mercado de carbono consiste nessa modalidade de financiamento internacional de projetos redutores da emissão desses gases por meio do MDL.

    O país ocupa o terceiro lugar em número de atividades de projeto, com 417 projetos (8%). O primeiro lugar no ranking é ocupado pela China, com 2.024 projetos (37%), seguida pela Índia, com 1.446 (27%). “A burocracia não permite que o mercado de crédito de carbono seja alavancado”, afirma Marina Grossi, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Composta por diversas empresas, o conselho participará da 15ª Conferência das Partes (COP-15) — a cúpula das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que começa na semana que vem na Dinamarca — com uma série proposições, entre as quais o aperfeiçoamento do MDL.

    “Os atuais critérios para a caracterização da adicionalidade em projetos MDL limitam o potencial do mecanismo. Sugerimos um retorno ao espírito inicial do Protocolo de Kyoto, em que o fator determinante para a caracterização da adicionalidade é o potencial do projeto em promover o sequestro ou a redução de emissões de GEEs (gases de efeito estufa)”, diz documento a ser apresentado pelo CEBDS.

    Mercado informal

    Em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em outubro passado, o chefe de Projetos Ambientais, Energia e Metais da Bolsa de Mercadorias & Futuros, Guilherme Fagundes, informou que, enquanto no exterior, esse mercado movimenta US$ 120 bilhões e metade de suas operações é realizada em bolsas de valores, no Brasil, a maioria das operações é feita em balcão, no mercado informal.

    Os projetos em andamento no Brasil correspondem a uma redução de 367,4 milhões de toneladas de gases causadores do aquecimento global. O valor corresponde a 6% do total mundial, para o primeiro período de obtenção de créditos. A China e a Índia ocupam as primeiras posições também nesse quesito, com 2,97 bilhões de toneladas (48%) e 1,38 bilhão de toneladas (22%).

    A defasagem brasileira em relação à China e à Índia deve-se, em grande parte, à falta de uma regulamentação no país. Quatro anos depois de o Protocolo de Kyoto ter entrado em vigor, o Brasil ainda precisa definir sua natureza jurídica e o regime de tributação a ser aplicado. O protocolo estabelecido em 1997 prevê a redução média de 5,2% das emissões de gases do efeito estufa, do grupo dos países desenvolvidos, até o ano de 2012, tomando como base as emissões do ano de 1990.

    Processo de certificação

    Para que um projeto resulte em reduções certificadas de emissões, as atividades de um projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) devem passar pelas seguintes etapas:

    1 - Elaboração de documento de concepção de projeto (DCP), usando metodologia de linha de base e plano de monitoramento aprovados

    2 - Validação (nessa fase, é avaliado se o projeto está em conformidade com a regulamentação do Protocolo de Kyoto)

    3 - Aprovação pela Autoridade Nacional Designada (AND). No caso do Brasil, esse papel é desempenhado pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima (CIMGC), que verifica a contribuição do projeto para o desenvolvimento sustentável

    4 - Submissão ao Conselho Executivo da ONU para registro

    5 - Monitoramento feito por consultorias credenciadas pelo Conselho Executivo da ONU

    6 - Verificação

    7 - Certificação feita por essas consultorias


    Empresa pioneira em Nova Iguaçu

    A empresa de engenharia ambiental Haztec Novagerar, especializada na gestão de resíduos urbanos, embora tenha conseguido passar por todo o processo de certificação, não consegue comercializar a energia produzida a partir do reaproveitamento do gás metano proveniente do aterro sanitário do município de Nova Iguaçu (RJ). O projeto Novagerar é desenvolvido na Central de Tratamento de Resíduos Nova Iguaçu e inclui a operação do aterro sanitário do município, a recuperação ambiental e a captação do biogás do extinto Lixão da Marambaia. Na prática, a iniciativa capta o gás proveniente do aterro — cuja maior parte é formada por metano, 21 vezes mais agressivo à atmosfera do que o gás carbônico — e o transforma em energia limpa.

    Nas etapas seguintes, o metano seria usado na geração de energia elétrica. O volume de gás captado seria suficiente para fazer toda a iluminação pública do município. “O custo de produção da energia de biomassa é mais elevado do que de outras fontes de energia tradicionais. Por isso, é importante uma política para baratear essa energia”, afirma Artur Oliveira, diretor da Haztec Novagerar. Um incentivo pode ser a diminuição da taxa sobre a importação de equipamentos usados no processo, bem como a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Na ausência de um marco regulatório, para que não chegue à atmosfera, o gás metano é queimado, outra alternativa ecologicamente viável.

    A empresa foi certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2004, antes mesmo de o Protocolo de Kyoto ter entrado em vigor. Para a geração de energia, o projeto envolve a instalação de uma usina de energia elétrica, promovendo a redução de aproximadamente 2 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa até 2012.

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    Publicado no jornal Correio Braziliense em 02 de dezembro de 2009.